Obama nomeia Mitchell enviado ao Oriente Médio e pede abertura de fronteiras em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quinta-feira envolver-se "de maneira ativa e enérgica" na busca pela paz entre palestinos e israelenses.

Obama disse que está comprometido com a segurança de Israel e que o país tem direito de se defender, mas pediu que o país abra as fronteiras da Faixa de Gaza, para que ajuda humanitária possa chegar à população do território palestino — que foi alvo de três semanas de ataques de Israel entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. 

Em um ato no Departamento de Estado, Obama ressaltou que os EUA estão "comprometidos com a segurança em Israel". Pouco antes dele falar, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, apresentou o ex-senador George Mitchell e o ex-secretário de Estado adjunto Richard Holbrooke como novos enviados para o Oriente Médio e para o Afeganistão e o Paquistão, respectivamente.

Em seu discurso, Obama manifestou seu compromisso com uma solução duradoura que inclua dois Estados, o israelense e o palestino, vivendo em paz. Seria "intolerável um futuro sem esperança" para o povo palestino, acrescentou presidente.

Obama também disse que o Hamas precisa parar de lançar foguetes contra o sul de Israel e que as tropas israelenses devem se retirar "totalmente" da Faixa de Gaza.

Além disso, o novo ocupante da Casa Branca pediu que os países árabes apóiem a Autoridade Nacional Palestina (ANP), dêem passos rumo à normalização das relações com Israel e se oponham ao extremismo.

Durante o discurso, Obama prometeu ainda uma nova etapa para a política externa americana, na qual, segundo disse, a diplomacia será fortalecida. 

— Não podemos prometer que vamos solucionar cada problema no mundo, mas, sim, podemos promover os ideais americanos — declarou.

Obama, que fez elogios rasgados a Hillary Clinton, foi muito aplaudido quando se referiu ao fechamento de Guantánamo: 

— Podemos dizer sem reservas e sem medo de errar que os Estados Unidos não torturarão.

EFE