Governo dos EUA diz ter descoberto plano para matar Barack Obama

Atualizada às 21h19min

As autoridades federais dos Estados Unidos descobriram um plano elaborado por dois grupos neonazistas para matar o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmaram fontes oficiais. Em documentos apresentados nesta segunda-feira, o Escritório de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo (ATF, na sigla em inglês) acrescentou que o plano também incluía o assassinato de mais 102 crianças negras do Mississipi.

— Este é o plano. Está confirmado — disse um porta-voz do órgão, subordinado ao Departamento do Tesouro, ao ser perguntado sobre a detenção de dois neonazistas e a existência de um complô real para matar Obama.

Segundo a rede de TV CNN, dois homens foram detidos na quarta-feira da semana passada por seu envolvimento no plano. O porta-voz do ATF, que não quis revelar a identidade dos detidos, se recusou a dar mais detalhes, os quais, segundo disse, serão divulgados conforme as investigações avançarem.

Segundo as fontes, dois neonazistas de grupos diferentes planejavam atacar uma escola de ensino médio majoritariamente negra e roubar uma loja de armas de fogo no Estado do Tennessee.

Um porta-voz citado por meios de comunicação disse em Nashville (Tennessee) que dois homens planejavam matar a tiros 88 afro-americanos e decapitar outros 14, números simbólicos usados por grupos racistas brancos, segundo a fonte. Em seu site, o jornal Indystar, do Estado da Indiana, publicou declarações textuais do agente do ATF Jim Cavanaugh, que disse que os dois homens detidos queriam que "seu ato final fosse uma tentativa de matar o senador Obama":

— Eles não achavam que conseguiriam fazer, mas morreriam na tentativa.

Em agosto, durante a realização da convenção democrata em Denver, a polícia deteve quatro membros de um grupo de brancos hegemonistas que, supostamente, planejavam cometer um atentado durante o ato final do evento.

 

EFE