Pegada é compatível com calçado da madrasta, segundo investigadores

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) concluíram que a pegada encontrada no lençol do quarto em que a menina Isabella, de cinco anos, que teria sido jogada, na noite de 29 de março, é compatível com calçado de Anna Carolina Jatobá, de 24, madrasta da garota. Em depoimento, ela declarou que usava tamancos naquela noite e os tirou assim que entrou no apartamento, deixando-os na cozinha.

Os policiais sabem que, isoladamente, a prova é frágil, mas o objetivo é relacionar essa informação aos indícios recolhidos no apartamento para tentar reconstituir a cena do crime e descobrir quem esteve no local quando a criança foi arremessada. Duas informações são consideradas fundamentais — a mancha de sangue no lençol e as detectadas na calça jeans e numa camisa da madrasta.

— O cruzamento dessas provas será útil no momento em que tivermos de indicar quem possivelmente estava no quarto no momento em que a menina foi arremessada — disse um perito.

Na avaliação do IC, a distância entre as gotas de sangue encontradas no quarto condiz com os passos de uma pessoa adulta. Como Isabella apresentava profundo corte na testa, os peritos desconfiam que alguém a carregou no colo.

Amanhã à tarde, as equipes do IC e do Instituto Médico-Legal (IML) destacadas para elucidar o caso vão se reunir para tirar as primeiras conclusões que constarão do laudo final. A previsão é de que o documento seja finalizado até sexta-feira, quando os exames de DNA deverão estar prontos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.