Mãe é suspeita de vender filha em São José

A polícia de São José investiga a suposta venda de um bebê na Grande Florianópolis. A menina, que nasceu há 14 dias no Hospital Regional de São José teria sido vendida para um homem na cidade de Mafra, no Planalto Norte, por R$ 600. A mãe da recém-nascida, de 38 anos, prestou depoimento na tarde desta terça-feira e foi liberada.

O delegado Enio de Oliveira Matos instaurou inquérito policial para apurar a suspeita. Ele não quis comentar o caso. 

— Não posso dar nenhuma declaração, mas talvez amanhã (esta quarta-feira) já possamos passar alguma informação — disse o delegado.

A denúncia foi formulada pelo Conselho Tutelar de Florianópolis, em um boletim de ocorrência registrado no dia 7 de fevereiro na 6ª Delegacia de Polícia da Capital. A menina nasceu no dia 30 de janeiro com 3,4 quilos e 51 centímetros.

Segundo a ocorrência, a mãe da criança recebeu alta no dia 2 de fevereiro pela manhã e no período da tarde voltou ao hospital com dores abdominais, mas sem a criança. Questionada sobre o paradeiro do bebê, ela disse que a menina estaria com o suposto pai que reside em Mafra.

A mulher, que mora no Bairro Estreito, na Capital, está desempregada e vive sozinha. Nesta terça-feira, ela foi detida em frente ao Hospital Regional de São José. Os funcionários suspeitaram da mulher, que passou mais de uma hora no telefone público, e chamaram a Polícia Militar.

A desempregada saiu muito transtornada do depoimento prestado na Delegacia de Polícia de São José.

Ela chegou a discutir com um policial e negou que tenha vendido a sua filha. 

— Não vendi nada, o pai tem que me dar pensão e ele pagou dois meses do meu aluguel — disse a mulher.

Ela não quis informar a data em que a criança viajou para a cidade de Mafra, no Planalto Norte. A polícia suspeita que o homem tenha esperado a mãe da criança do lado de fora do Hospital Regional de São José.

A mulher informou que recebeu a proposta do casal de Mafra para ficar com a criança. Ela não quis comentar se aceitou ou não a oferta.

Fonte: Diário Catarinense
Matéria: Michael Gonçalves |
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