Florianópolis faz festa para receber a tocha
A população de Florianópolis entrou no clima do Pan-Americano. Ontem, 83 atletas percorreram 35 quilômetros da Capital se revezando na condução da tocha que simboliza a proximidade dos jogos e a paz entre os povos. Nas ruas, as pessoas paravam para ver, tiravam fotos ou incentivavam os condutores.
Às 10h, o campeão olímpico de vôlei e superintendente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Carlão, recebeu a chama do jogador de futsal Falcão, embaixador do Pan:
– Este evento não é uma festa, mas um incentivo ao esporte. Espero que todas as modalidades cresçam e os pais incentivem seus filhos a fazer esporte. Porque isso faz parte da educação – disse Falcão.
O primeiro condutor foi o nadador Fernando Scherer, o Xuxa. Após uma apresentação de boi-de-mamão, o atleta saiu da Fortaleza da Praia do Forte. Depois disso, a cada 400 metros, um atleta ou personalidade conduziu a tocha.
O tempo nublado não impediu que as pessoas participassem do evento. Ouvindo o barulho, os moradores saíam para frente de suas casas para ver o comboio. Houve até quem imitasse o gesto com pedaços de galho.
Depois de Canasvieiras, o comboio passou por Ingleses e Rio Vermelho. Esta foi a parte em que não haviam condutores e a chama foi levada dentro de um carro.
Centenas de pessoas do bairro esperavam pela chama, mas não a viram. Elisete Inácio, de 52 anos, viu nos jornais que o comboio passaria em frente a sua casa. Junto com ela estavam 10 crianças com bandeiras e camisetas do Brasil:
– Estávamos aqui desde a manhã. Nem almoçamos ainda.
A tocha passou então pela Barra da Lagoa, onde dezenas de pessoas se aglomeravam para assistir a surfista Jaqueline Silva, natural do balneário, conduzir a tocha. Até a Lagoa da Conceição, a chama foi levada de barco.
Na subida do Morro da Lagoa, a chama foi levada por um ciclista. Depois, seguiu pelo Bairro Carvoeira e foi para o Centro.
A chegada no Trapiche da Beira-Mar Norte foi feita pela corredora Ádria Rocha dos Santos, que tem deficiência visual. Ela já conquistou cinco medalhas de ouro em paraolimpíadas. Agora, a mesma chama que foi acesa nas Pirâmides de Teotihuacán, no México, e entrou no Brasil em Santa Cruz Cabrália, no dia 5 de junho, segue hoje para Blumenau e Balneário Camboriú. Chega ao Rio de Janeiro no dia 13 de julho, quando começam os jogos.
Fonte: Diário Catrinense
Matéria: MAURÍCIO FRIGHETTO ( mauricio.frighetto@diario.com.br )
