Tocha passa pelas ruas de Blumenau e Balneário Camboriú

A Tocha do Pan do Rio, que, ontem, percorreu as principais ruas de Blumenau, pôde ser vista por menos de duas horas e meia. Parece pouco, mas só quem acompanhou todo o trajeto, de 12 quilômetros, teve chance de ver o símbolo por tanto tempo.

A maioria das pessoas teve alguns segundos para contemplar a chama e, ainda assim, voltou para casa com uma bela recordação. Cada um demonstrou a emoção de uma maneira. Alguns sequer conseguiram controlá-la. Foi assim com o arquiteto e ex-atleta Egon Belz, idealizador do Galegão.

Antes do início da cerimônia, ele contou do orgulho que sentiu ao ser convidado para fazer parte da festa e, aos 75 anos, afirmou que percorreria os 400 metros caminhando, e não correndo, como muitos.

– Vou caminhando. Já corri muito nesta vida. Agora, o principal é fazer parte dessa homenagem que não é só pra mim – comentou.

Mas Belz não conseguiu concluir o trajeto. Metros depois de ter deixado o Biergarten, local onde havia iniciado a cerimônia, ele desmaiou e foi levado ao Hospital Santa Isabel, onde permaneceu internado até ontem à noite.

O também ex-atleta Romeo Max Jaehrig assumiu a tocha e deu seqüência ao revezamento.

Foi ele um dos condutores que teve o privilégio de passar pela Rua XV de Novembro, ponto de maior concentração de crianças, adultos e idosos. Cada um escolhia a melhor forma de saudar o símbolo.

Os alunos da Escola Bom Jesus, por exemplo, levaram balões para deixar a festa ainda mais colorida. Alguns aplaudiam, outros só admiravam ou garantiam um registro fotográfico.

Balneário recebeu a tocha à tarde

Depois da Rua XV, outros trechos da cidade serviram de cenário. Ponte de Ferro, ruas São Paulo e Antônio da Veiga são exemplos. O jogador de basquete Tiago Splitter encerrou o percurso na Vila Germânica.

À tarde, Balneário Camboriú recebeu a tocha do Pan. A chama chegou ao município às 15h e foi entregue por Renan Dal Zotto, embaixador do Pan em Balneário Camboriú e Blumenau, ao prefeito Rubens Spernau. Trinta pessoas, entre atletas e personalidades, conduziram a tocha em um percurso total de 12 quilômetros.

O primeiro condutor foi Ademar José da Silva, ex-dirigente de entidades desportivas municipais.

O zagueiro tetracampeão mundial Márcio Santos acendeu a Pira Pan-Americana no Molhe da Barra Sul e o governador em exercício Leonel Pavan e o prefeito Rubens Spernau descerraram uma placa alusiva à passagem da tocha no local.

Fonte: Diário Catarinense