Nove pessoas morrem neste fim de semana nas estradas em Santa Catarina
Oito pessoas morreram neste fim de semana nas estradas em Santa Catarina. O acidente mais grave foi na BR-153 em Concórdia, no Meio-Oeste do Estado, onde cinco vítimas da mesma família morreram na tarde deste domingo. Confira os outros acidentes na tabela abaixo.
A apenas dois quilômetros de casa, o Fiat Uno com placas de Concórdia, em que a família viajava, bateu de frente contra uma carreta Volvo, também de Concórdia, que trafegava no sentido contrário, em direção ao Paraná. O acidente acontece no km 95,7, perto do trevo de acesso à cidade.
Os bombeiros tiveram de usar um equipamento chamado desencarcerador para retirar os corpos do casal, que estava no banco da frente.
– Foi uma batida muito violenta – disse o chefe da equipe de socorro dos bombeiros voluntários de Concórdia, Armindo da Silva.
Cinto de segurança
De acordo com o bombeiro, apenas Ademar e Sirlei usavam cintos de segurança. Com o impacto provocado pela colisão, as três filhas, que estavam no banco de trás, foram jogadas para frente e tiveram múltiplas fraturas.
– Se elas estivessem usando cinto acredito que poderiam ter sobrevivido – disse Silva.
O motorista da carreta, Alexandre Baggio, 33 anos, não teve ferimentos. Chovia no momento do acidente. A chuva e os pneus do carro em mau estado de conservação contribuíram para a tragédia, segundo os bombeiros.
Todos os ocupantes do Fiat Uno perderam a vida: o motorista Ademar Meneghini, 39 anos, a mulher dele, Sirlei Perka Meneghini, 36 anos; e as filhas Larissa, 11 anos, Laura, nove anos, Letícia, sete anos. Eles devem ser sepultados nesta segunda-feira, em Concórdia, onde moravam, no bairro São Cristóvão.
Ultrapassagem indevida
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), há duas causas prováveis para o acidente: a perda de controle da direção ou a ultrapassagem em local proibido realizada pelo motorista do Uno. A carreta estava em sua pista e o tacógrafo registrava 45 quilômetros por hora.
As cinco mortes chocaram a comunidade de Concórdia:
– A gente fica triste porque eram conhecidos e sempre vinham fazer lanche aqui – disse Fabiana Piola, dona do restaurante onde a família costumava ir pelo menos uma vez por semana comprar pastel, no bairro São Cristóvão, onde moravam.
Por razões de saúde, Ademar era aposentado de uma agroindústria. Sirlei trabalhava como auxiliar de produção em uma gráfica.
DIÁRIO CATARINENSE