Airbus da Air France não foi destruído durante o voo, diz França

O relatório da BEA (Escritório de investigações e análises, na sigla em francês), órgão do governo francês que investiga o acidente do voo 447, informa que o Airbus A330 não foi destruído durante o voo. Mas os investigadores disseram que ainda estão longe de descobrir o que provocou a queda do avião. A busca das caixas-pretas, que podem ajudar a esclarecer o acidente, foram estendidas até o próximo dia 10. As informações são do site G1.

Autoridades francesas divulgam nesta quinta-feira o relatório preliminar sobre o acidente, que matou 228 pessoas que iam do Rio de Janeiro a Paris, no final de maio. A apresentação ficou a cargo de Alain Bouillard, chefe dos investigadores.

Segundo a BEA, os dados disponíveis e a análise dos 640 elementos do avião parece ter tocado a superfície da água no Oceano Atlântico ainda inteiro, em linha de voo, com forte aceleração vertical. Segundo Bouillard, ainda não há dados para precisar a velocidade com que o avião caiu. Foi registrada uma forte deformação do assoalho do avião, de fora para cima. Na hora do impacto, o leme ainda estava fixado na estrutura do avião.

O relatório também mostra que os coletes salvavidas encontrados entre os destroços não estavam inflados, o que indica que os passageiros não estavam preparados para uma aterrissagem forçada.

A BEA também informou que as buscas pelas caixas-pretas do avião devem prosseguir até o dia 10, em uma zona de buscas mais limitada.

Bouillard disse que a BEA ainda está "muito longe" de descobrir as causas do acidente. Ele afirmou que ainda tem esperança de encontrar as caixas-pretas.

Questionado sobre o papel no acidente do suposto defeito nos tubos de Pitot, sensores de velocidade do Airbus, Bouillard respondeu que os sensores foram "um elemento, mas não a causa" do desastre. Bouillard também reiterou que a tripulação do voo 447 não emitiu nenhuma mensagem de socorro antes do acidente.

A segunda fase de buscas, que deve se iniciar em 15 de julho, consistirá na exploração sistemática do fundo do mar com auxílio de robôs e sonar, não mais tentar encontrar as balisas acústicas, mas partes do avião. A fase deve ser encerrada e, 15 de agosto, quando haverá uma redefinição da estratégia.

Diário Catarinense