Governo francês minimiza mas não descarta possibilidade de atentado contra Airbus

O governo francês ressaltou nesta terça-feira que não se pode dizer que o desaparecimento do avião da Air France, ocorrido na segunda-feira, se deva a um atentado terrorista. Insistiu, porém, em que também não se pode excluir essa hipótese. O ministro da Defesa, Hervé Morin, precisou à emissora de rádio Europe 1 que por enquanto não há "nenhum elemento" que corrobore esta hipótese como a causa do acidente, embora "por definição" não seja possível excluí-la.

O secretário de Transportes, Dominique Bussereau, comentou na mesma entrevista que, apesar de ainda não se saber "nada" sobre a razão do desaparecimento do Airbus A330 que cobria a rota Rio de Janeiro-Paris, "parece mais uma perda de controle do aparelho". Bussereau considerou ainda que a tese da Air France para explicar um possível acidente causado por um raio é incompleta.

— Um simples raio não pode explicar a perda de um avião — destacou Bussereau, antes de acrescentar que se a aeronave fosse sido atingida por uma tempestade no Atlântico, teria de haver outros elementos e seria preciso falar de "um conjunto de circunstâncias".

O ministro da Ecologia, Jean-Louis Borloo, reiterou que não está confirmada a versão de um piloto comercial brasileiro que diz ter visto, ao atravessar o Atlântico, nas proximidades do litoral do Senegal, o que poderiam ser os restos do avião da Air France. Borloo disse ainda que a prioridade é encontrar as caixas-pretas do avião para poder determinar o que ocorreu.

Bussereau assegurou que "não houve nenhuma mensagem de alerta" procedente da tripulação do avião, e reiterou a dificuldade para encontrar restos do aparelho, caso seja confirmada a queda no mar, já que a região de busca é muito grande.

EFE