Polícia prende quadrilha de Papagaio em SC

Uma operação conjunta da polícias Militar, Civil, Ministério Público e Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), iniciada na tarde desta sexta-feira, prendeu seis homens acusados de fazerem parte da quadrilha do assaltante Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, em Santa Catarina.

Os presos teriam cometido três assaltos a residências e empreendimentos de empresários, dois em São Bento do Sul e um em Rio Negrinho, no Planalto Norte do Estado, no final do ano passado.

 — Quando os assaltos começaram a ocorrer, a gente sabia que era o modus operandi do Papagaio e seus comparsas — disse o delegado-chefe da Deic, Ilson Silva.

A primeira prisão ocorreu em Garopaba, no Litoral Sul do Estado. Almedorino Quintana Queiroz, de 38 anos, foi detido na casa da irmã na tarde de sexta-feira. Ele é considerado a principal ligação da quadrilha com Papagaio, e fazia a logística dos assaltos realizados no Estado.

Ainda na sexta-feira, Clauri José Dalla Valle foi preso em São Bento do Sul. Ele é acusado de ter participado dos assaltos na cidade.

Na manhã deste sábado, Adriano Stemback, 31 anos, Vanderlei Manenti, 32, e o advogado Geison José de Souza foram presos em Palhoça, e José Odirlei em Tijucas, na Grande Florianópolis.

Segundo Ilson Silva, o advogado chegou a atuar como motorista em um assalto que o grupo teria realizado em uma residência de Tijucas. Há cerca de dez dias, um dos líderes do grupo, Roberto Hugo Macari, já havia sido preso no município.

Nenhum dos homens detidos reagiu à prisão. Eles foram encaminhados a São Bento do Sul, onde se juntam a Macari para que as vítimas possam fazer o reconhecimento.

Também nesta manhã, os policiais estouraram a residência utilizada pela quadrilha, onde Cláudio Adriano Ribeiro ficou escondido por cerca de 40 dias enquanto estava foragido. Por ironia, a casa fica em Palhoça, em uma região chamada Ponta do Papagaio. No local foram encontrados documentos e roupas que devem ajudar a polícia a esclarecer os crimes praticados no Estado.

De acordo com um dos delegados responsável pelo caso, Gustavo de Pinho Alves, de São Bento do Sul, a quadrilha teria lucrado mais de R$ 1 milhão com os assaltos no Planalto Norte. 

— Estávamos investigando a quadrilha e, com gravações telefônicas, conseguimos fazer as prisões — comentou o delegado.

 

Fonte: DIARIO.COM.BR