Verão com mais trechos duplicados

Com 82,1 quilômetros de trechos duplicados liberados até o final do ano em território catarinense, e outros 17 quilômetros no Rio Grande do Sul, o tráfego de veículos do trecho Sul da BR-101 promete fluir neste Verão. Mas isso não significa a garantia de uma viagem tranqüila para o motorista que enfrentar parte ou a totalidade dos 348 quilômetros entre Osório (RS) e Palhoça (SC).

A conclusão e liberação de pequenos trechos, que variam de dois a 13 quilômetros de extensão, vai facilitar o escoamento do trânsito de carros de passeio, que poderão ultrapassar os veículos pesados pela faixa da esquerda, sem o risco de uma colisão frontal, como ocorre em locais de pista simples.

Por outro lado, o motorista precisa ficar atento ao final dos trechos, quando a simplificação das pistas formará verdadeiros funis.

– Nesses locais é preciso ter cuidado redobrado. Os motoristas podem não perceber a sinalização, principalmente à noite, e provocar acidentes. A viagem vai encurtar alguns minutos, só que o motorista não pode abusar da velocidade nesses pontos – afirma o inspetor Adriano Fiamoncini, do Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com o Departamento Nacional de Infra-estrutura dos Transportes (DNIT), a velocidade máxima nos trechos liberados continuará limitada a 80 quilômetros por hora, pelo menos enquanto a obra de duplicação ainda não estiver totalmente concluída, segundo o engenheiro Avani Aguiar de Sá.

Já a PRF pretende intensificar a fiscalização de velocidade nos trechos liberados com a utilização de radares móveis. Pretende assim evitar abusos dos motoristas que tentam descontar o tempo perdido em filas e desvios.

O inspetor da delegacia da PRF de Tubarão, Vágner da Rosa, ressalta ainda que o tempo ganho com os trechos duplicados liberados pode ser em vão, porque novos desvios serão implantados, caso dos lotes 28, 29 e 30, que juntos somam apenas 16 dos 99,1 quilômetros de pista duplicada e liberada até o final do ano.

– Nesses pontos, as obras de arte (viadutos, passagens inferiores e pontes) terão maior atividade nessa época, gerando interdições e novos desvios que podem deixar o trânsito lento – diz Rosa.

Além disso, o motorista vai se deparar com velhos gargalos da rodovia, responsáveis pelos maiores congestionamentos. São os acessos às praias (do Sonho, Pinheira, Guarda do Embaú, Itapirubá) e área urbanas (Laguna, Tubarão, Araranguá). Quanto às detonações de rochas, é cedo para prever locais específicos. A única certeza é de que o procedimento não será realizado aos sábados, a exemplo do que ocorreu no ano passado.

( cristiano.dalcin@diario.com.br )

Fonte: Diário Catarinense