Preso por levar cocaína no estômago
O traficante Paulo César Pereira foi preso em flagrante em um hotel às margens da BR-101, em Tijucas, na Grande Florianópolis, por transportar 68 cápsulas de cocaína no estômago.
Ele saíra de Ponta Porã (MS) e expelia a droga no momento em que os policiais federais entraram no quarto.
A prisão ocorreu na segunda-feira, por volta das 11h. Paulo César foi levado para um hospital, onde foi feita a lavagem estomacal, mas 67 cápsulas já haviam sido expelidas. De acordo com a Polícia Federal (PF), eram cerca de 700 gramas de cocaína.
Além do traficante que transportou as drogas no estômago, foram presos Eliana Mazina Vargas Brites, Kazuza Elisângela Brites e José Valdemir Medeiros Gomes, dono do Kadett em que eles viajaram. O grupo chegou a Tijucas no domingo.
Enquanto os agentes federais revistavam o quarto, Lucas Henrique Romano da Silva bateu à porta. Durante o interrogatório, ele confessou que foi até o local para verificar a chegada da cocaína a mando do receptor da droga. Todos estão detidos no presídio de Tijucas e responderão inquérito por tráfico e associação ao tráfico.
Comum em grandes aeroportos, o transporte de droga no estômago é bastante incomum no Estado. Neste ano, essa foi a segunda apreensão. O delegado de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Cláudio Monteiro, disse que a única droga transportada desse modo é a cocaína.
As cápsulas têm o diâmetro de um pincel atômico e medem o equivalente à metade do objeto. Criminosos fazem um furo desse tamanho em uma madeira e colocam um material plástico nos orifícios que são preenchidos com cocaína. Depois, a droga é envolvida por borracha de látex, geralmente de preservativos ou luvas cirúrgicas. Para evitar vazamento, são adicionadas camadas de plástico e látex.
O delegado afirmou que o destino dessa droga é sempre o Litoral catarinense. No entanto, ele declarou que os traficantes preferem o transporte em ônibus e em fundos falsos de carros.
A Polícia Federal informou que essa estratégia era utilizada no Estado por uma quadrilha desmontada pela Operação Playboy em fevereiro de 2005. Eles viajavam para Europa com cocaína no estômago e trocavam por drogas sintéticas.
Fonte: Diário Catarinense