Robinho classifica o Brasil

O Brasil está classificado para as quartas-de-final da Copa América. A vitória de 1 a 0 sobre o Equador teve novamente a marca de Robinho. Foi da estrela solitária da confusa Seleção de Dunga o gol da vitória, seu quarto no torneio. Só ele marcou para o Brasil na competição. O adversário será o Chile, melhor terceiro colocado, no próximo sábado.

No jogo que antecedeu o fechamento da chave, México e Chile protagonizaram um 0 a 0 extremamente conveniente. Ambos terminaram suas participações classificados e empurraram o problema para brasileiros e equatorianos resolverem.

Parece que prevendo esta situação, o técnico Dunga viu sua escalação recheada de volantes se justificar na teoria, já que o Brasil, perdendo até por um gol de diferença, estaria se classificando como melhor terceiro colocado (partindo do pressuposto que os EUA não arrumaria, hoje, uma goleada absurda sobre a Colômbia, ou vice-versa).

Ao adversário, precisando de dois gols, no mínimo, restava, então, partir para cima.

Na teoria, dava até para engolir as precauções de Dunga. Na prática, na primeira etapa, o que se viu foi uma organização tática que gerou uma exibição confusa da Seleção, que abortou a criatividade de Robinho e, mesmo criando algumas chances de gol – mais pela ofensividade que forçava descuidos do Equador e não por qualidade do Brasil – , propiciou várias chances também para o adversário.

Algumas chances equatorianas na fase inicial ocorreram por desentrosamento do meio-de-campo, deixando a defesa desprotegida, outras, por patacoadas do inseguro goleiro Doni, presença inexplicável em uma Seleção Brasileira.

Sob vaias dos incrédulos venezuelanos, o Brasil sem brilho foi para os vestiários.

No segundo tempo, apesar do início de jogo morno, a estrela de Robinho voltou a brilhar e compensou a falta de inspiração do meio-de-campo escalado por Dunga.

Com suas pedaladas, arrumou um pênalti, por ele mesmo batido e convertido, aos 10 minutos.

Foi pouco, mas suficiente em termos de números. Foi extremamente pouco e insuficiente, quando o assunto é Seleção. A pobreza técnica e tática segue assustando quem aprecia o futebol brasileiro.

Ficha técnica
Brasil (1)
Doni; Daniel Alves (Alex Silva), Alex, Juan e Gilberto (Kléber); Gilberto Silva, Josué, Mineiro e Julio Baptista (Diego); Robinho e Vágner Love. Técnico: Dunga.
Equador (0)
Elizaga; Oscar Baguí, Espinoza, Guagua e Reasco; Valencia, Ayovi (Caicedo), Castillo e Méndez; Borja (Tenório) e Benítez .
Técnico: Luiz Fernando Suárez.
Amarelos: Daniel, Diego e Josué (B). Baguí e Tenório (E). Gol: Robinho, aos 10 minutos do segundo tempo. Arbitragem: Sergio Pezzota (ARG). Local: Puerto La Cruz (VEN).

Fonte: Diário Catarinense