Vigilância Epidemiológica de Canelinha reforça juntamente com a DIVE a importância de ações para prevenção a Leptospirose

Devido a forte chuva desta quinta-feira (24), a população precisa ficar atenta às medidas de prevenção à leptospirose. Isso porque, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), a distribuição de casos da doença segue o regime mensal de chuvas, acompanhando as chuvas de dezembro a março, decrescendo a partir de abril.

Em 2018, 237 casos de leptospirose foram confirmados no estado. Desses, cinco acabaram indo a óbito. A maioria dos casos foi registrada em homens e maior parte das contaminações aconteceu na área urbana.

A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente ratos. A bactéria penetra no corpo através de machucados e, até mesmo, da pele sadia quando a pessoa fica muito tempo dentro da água. Por isso, o risco é maior em épocas de enchentes e alagamentos.

Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, começando de forma abrupta, com febre alta, dor de cabeça, mal-estar e muitas dores no corpo. Um sintoma bastante característico é uma forte dor nas panturrilhas (batata da perna). A leptospirose pode evoluir para quadros graves, com aparecimento de icterícia (a pele fica com um tom amarelo-avermelhado). Os sangramentos podem aparecer na fase mais avançada, com dificuldade respiratória e pode levar a óbito.

Moradores das cidades que registraram alagamentos que tiverem febre, dor de cabeça e dores no corpo até 40 dias depois dos alagamentos devem procurar uma unidade de saúde. É fundamental que a pessoa informe ao médico se teve contato com a água ou com a lama.

 

Medidas de prevenção

– Evite contato com água ou lama e não deixe que crianças brinquem no local e retire também seus animais de estimação (cachorros e gatos);

– Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;

– Quando as águas baixam é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária, na proporção de dois copos (400 ml) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10 minutos;

– Jogue fora alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água dos alagamentos.