Lei Seca reduz mortes e internações em mais de 20% nas capitais

As internações e óbitos diminuíram em mais de 20% nas capitais brasileiras, um ano após a Lei Seca entrar em vigor. Os números foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.

No segundo semestre de 2008, foram registradas 2.723 mortes relacionados a acidentes de trânsito, contra 3.519, no segundo semestre de 2007. Portanto, ocorreram menos 796 óbitos — redução de 22,5%.

O número de internações reduziu de 105.904, no segundo semestre de 2007, para 81.359, no segundo semestre de 2008. Ao todo, foram menos 24.545 hospitalizações — o que representa queda de 23% nos atendimentos às vítimas do trânsito financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para chegar aos resultados do impacto da Lei Seca nas internações e mortes associadas ao trânsito, o Ministério da Saúde usou como base os dados dos sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) e de Internações Hospitalares (SIH), além do Inquérito Nacional de Fatores de Risco e Proteção para Doenças e Agravos não Transmissíveis (VIGITEL). Essas são as fontes que vêm sendo utilizadas pela pasta para o monitoramento dos impactos da Lei Seca nos atendimentos do SUS e na ocorrência de óbitos no Brasil.

A análise levou em consideração apenas as informações das capitais brasileiras. As cidades que registraram reduções tanto de internações quanto nos óbitos foram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre e Recife. Porém, capitais como Belo Horizonte, Belém e Teresina registraram aumento.

O álcool é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de internações e mortes no trânsito. Estudos apontam que entre 30 a 50% das vítimas consumiram álcool antes do acidente.

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