Canelinha adere à mobilização contra o mosquito Aedes Aegypti
O município de Canelinha também aderiu as campanhas nacional e estadual de mobilização contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chinkingunya e do zika vírus, causador da microcefalia.
Na manhã desta terça-feira, 08, o prefeito Antônio da Silva e a secretária Municipal de Saúde, Sueli Grimm, participaram em São José, do evento de mobilização. O encontro organizado pela Secretaria de Estado da Saúde reuniu prefeitos, vices, secretários de Saúde, secretários e gerentes de saúde das regionais e outras pessoas ligados à área, além do governador Raimundo Colombo e do vice-governador, Eduardo Pinho Moreira.
O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, Fabio Gaudenzi de Farias, disse que entre as ações no estado está todo o suporte técnico de monitoramento nos municípios, com supervisões que a Secretaria da Saúde vai fazer em conjunto com as secretarias de Desenvolvimento Regional para apoiar os municípios na realização de ações de controle.
Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), de 1º de janeiro a 1º de dezembro foram notificados 10.659 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.593 (34%) foram confirmados, 2.358 por critérios laboratoriais e 1.235 por clínico-epidemiológico; 6.178 foram descartados e 888 (8%) casos suspeitos estão em investigação. Do total de casos confirmados, 3.274, ou seja, 91% são de transmissão dentro do estado; 260 (7%) são de transmissão de fora de Santa Catarina e 59 (2%) estão em investigação.
Os casos confirmados até o momento dentro do estado tiveram como local provável de transmissão os municípios de Itajaí, Chapecó, Itapema, Joinville, Guaraciaba, São Miguel do Oeste, Balneário Camboriú, Bombinhas, Canoinhas, Cordilheira Alta, Corupá e Tubarão. Entre os com maiores incidências, destacam-se Itajaí, Itapema e Chapecó.
Em Canelinha
Na tarde desta quarta-feira, 09, a partir das 13h30, no Auditório da Secretaria de Educação, a Secretaria Municipal de Saúde de Canelinha realiza uma capacitação sobre a dengue, zika vírus e a febre chikungunya. O objetivo é capacitar, inicialmente, os profissionais de saúde para que, depois, eles possam passar todo o conhecimento aos moradores da cidade.
Saiba mais:
O Aedes aegypti
O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.
Quais os hábitos dele?
O Aedes Aegypti vive de 35 a 45 dias, alimenta-se, reproduz-se e põe ovos durante o dia. As fêmeas do mosquito picam as pessoas, pois precisam de sangue para amadurecerem os ovos. É nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças, pois as fêmeas podem estar infectadas pelos vírus.
Ciclo de Reprodução
A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água parada, onde podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, 7 dias.
Criadouros
O Aedes Aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada, domiciliares e peridomiciliares. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.
Orientação para evitar a proliferação do Aedes Aegypti:
Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo
Mantenha lixeiras tampadas
Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água
Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana
Mantenha ralos fechados e desentupidos
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana
Retire a água acumulada em lajes
Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada
Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito