Material recolhido não é de Airbus, segundo Aeronáutica
O tenente-brigadeiro Ramon Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB), afirmou nesta quinta-feira, no Recife, que as equipes vão focar a atenção no recolhimento dos destroços a partir de sexta-feira. Segundo ele, a prioridade até o momento era encontrar sobreviventes e corpos. O Airbus da Air France partiu do Rio de Janeiro no domingo em direção a Paris e desapareceu sobre o oceano. A aeronave levava 228 pessoas a bordo.
— A probabilidade de encontrar destroços é a mesma, porque sempre estamos fazendo o avistamento de destroços. No início, nós estávamos deixando que os destroços passassem, porque estávamos mais interessados em tentar descobrir sobreviventes ou corpos — afirmou Cardoso, que ressaltou que a cada minuto diminui a possibilidade de corpos serem encontrados por causa do tempo que passou após o acidente.
— Agora, nós vamos dar uma atenção maior para o recolhimento desses destroços. A partir de amanhã, vamos poder divulgar um pouco mais sobre o que nós encontrarmos, porque já estamos com todos os meios na área para fazer a coleta.
De acordo com Cardoso, muitos objetos que não fazem parte da aeronave foram recolhidos. Entre eles está um suporte utilizado para acomodação de cargas em aviões, chamado de pallet.
— Nenhum material do avião foi recolhido. O que nós vimos foram materiais pertencentes a uma aeronave que foram deixados por causa da prioridade de busca de corpos, mas até o momento nenhum pedaço da aeronave foi recuperado — disse o brigadeiro.
— Confirmamos que o pallet que foi encontrado não fazia parte dos destroços da aeronave. Era um pallet que estava na região, muito mais considerado para nós como um lixo, mas temos que tratar. Qualquer objeto que nós encontrarmos, nós vamos fazer o recolhimento, depois fazer a análise e descartar aqueles que não façam parte da aeronave.
Mesmo não pertencendo ao avião, o material será levado para Fernando de Noronha e Recife, após análise, será descartado.
— Não é possível coletar o material, mesmo que seja lixo, e jogar de volta ao mar. O material vai para a terra e descartado por não fazer parte da investigação.
Cardoso explicou que a mancha de óleo avistada no mar não pertence a um avião, porque é uma quantidade muito pequena.
— A maior probabilidade é que seja óleo de navio.
No caso do combustível, a probabilidade é que seja do avião, pois a substância encontrada não é usada em barcos.
AE