Associação Catarinense dos Criadores de Suínos espera exportar 100 mil toneladas à Russia

A Associação Catarinense dos Criadores de Suínos espera aumentar em 100 mil toneladas a cota de exportação de carne suína para a Rússia. O país anunciou nesta quarta-feira que irá habilitar nos próximos dias os frigoríficos de Santa Catarina que poderão exportar o produto. A medida põe fim ao embargo de 41 meses à carne catarinense.

Para o presidente da associação, Wolmir de Souza, a notícia recebida do governador Luiz Henrique da Silveira, por telefone, na manhã desta quarta-feira, foi a melhor dos últimos tempos, ainda mais depois da pandemia da gripe A, antes chamada de gripe suína: 

— Finalmente há sinais de reação pois a situação era desesperadora.

Embargo

O embargo à carne suína catarinense foi determinado pela Rússia após a ocorrência de focos de febre aftosa no Paraná em 13 dezembro de 2005.

O país manteve o embargo mesmo depois de Santa Catarina obter, em 2007, o reconhecimento da Organização Internacional de Epizootias (OIE) de estado livre da doença sem vacinação.

Em março deste ano, a Rússia sinalizou para o fim do embargo. Na ocasião, o Ministério da Agricultura do Brasil enviou uma relação com os frigoríficos catarinenses considerados habilitados à exportação.

As autoridades russas analisaram o documento e solicitaram uma auditoria nos frigoríficos e propriedades rurais do Estado. O resultado da inspeção foi favorável à retomada dos negócios com Santa Catarina.

Produção

Em 2005, ano do embargo russo à carne suína catarinense, o Estado produzia 700 mil toneladas do produto, sendo 281 mil toneladas destinadas à exportação.

Na época, a Rússia era o principal comprador de carne suína catarinense. O país, que consome 2,3 milhões de tonaledas do produto por ano, importava 200 mil toneladas de Santa Catarina.

No ano seguinte ao embargo, a secretaria de Estado da Agricultura verificou queda nas exportações. De acordo com diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária de Santa Catarina, Roni Barbosa, as exportações do Estado reduziram de 281 para 172 mil toneladas.

A queda também foi registrada em 2007 e 2008, quando foram exportadas respectivamente 170 mil e 149 mil toneladas de carne suína para Ucrânia, Moldávia, Hong Kong, Cingapura, Albânia, Argentina e Uruguai.

DIARIO.COM.BR