França confirma que destroços são do voo 447

As autoridades francesas afirmaram nesta quarta que não há mais dúvidas sobre o fato de que os destroços encontrados no Atlântico pertencem ao avião da Air France desaparecido na segunda-feira passada.

Na noite desta terça, o ministro da Defesa brasileiro havia confirmado a informação.

Um porta-voz do Estado-Maior do exército francês explicou que, embora seja preciso fazer "uma confirmação formal" quando estes destroços forem resgatados, já não há espaço para dúvidas sobre o assunto. Acrescentou que um avião militar francês de patrulha marítima sobrevoou nas últimas horas a região onde a Força Aérea Brasileira localizou o que parecem ser partes do Airbus A330 que cobria a rota de Rio de Janeiro a Paris.

Hoje está previsto que outros aviões sobrevoem a mesma área, entre eles uma aeronave francesa Awacs que tentará determinar o lugar exato no qual o avião poderia ter caído para buscar as caixas-pretas.

Se for confirmado que a aeronave desaparecida caiu no mar onde os fragmentos foram localizados, a recuperação das caixas-pretas será complicada, já que a área tem entre 2,5 mil e 3,5 mil metros de profundidade, e o sinal que estas emitem durante aproximadamente 30 dias poderia ser difícil de detectar.Um navio militar francês já navega nessa direção e chegará no final de semana com o submarino articulado Nautile, que pode operar com três membros da tripulação, mas em movimentos limitados de seis a sete quilômetros por dia.

No aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, dezenas de familiares dos ocupantes do aparelho continuam esperando por notícias, protegidos por um grande dispositivo policial para manter a privacidade.

Esta tarde, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, participará de uma homenagem religiosa aos 228 ocupantes do avião, na catedral de Notre Dame de Paris. Duas horas antes dessa homenagem, programada para as 16h locais (11h de Brasília), a Grande Mesquita de Paris, em coordenação com o Conselho Francês do Culto Muçulmano, realizará uma oração em memória das vítimas.

EFE