Coreia do Norte afirma ter realizado segundo teste nuclear
A Coreia do Norte assegurou nesta segunda-feira (horário local) que realizou seu segundo teste nuclear, "superior em termos de poder explosivo e tecnologia" ao de 2006, informou a agência estatal norte-coreana KCNA.
"Como haviam solicitado nossos cientistas e técnicos, nossa República levou a cabo com sucesso outro teste nuclear subterrâneo neste 25 de maio, como parte das medidas para fortalecer seu poder nuclear em defesa própria", afirma a KCNA.
O país realizou seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006, três meses após lançar vários mísseis, entre eles um Taepodong de longo alcance, e isso lhe acarretou sanções e a condenação das Nações Unidas. As primeiras informações desde Seul apontam que o novo teste teria sido realizado a cerca de 15 quilômetros do local onde ocorreu o primeiro, na base norte-coreana na localidade de Kilju (província de Hamgyeong), noroeste do país comunista.
Apesar de não haver confirmação externa de que se tratou realmente de um teste nuclear, outros países confirmaram ter registrado um abalo sísmico. O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, convocou reunião de urgência de seu Conselho de Segurança Nacional, após ter sido informado de um "terremoto artificial" no país comunista. A Agência Meteorológica do Japão também detectou ondas sísmicas procedentes da Coreia do Norte. O Instituto Geológico dos Estados Unidos informou que um tremor de 4,7 graus de magnitude na Escala Richter sacudiu a Coreia do Norte.
O epicentro foi a 375 quilômetros a nordeste de Pyongyang, a cerca de 10 quilômetros sob a superfície terrestre às 9h54min (21h54min de domingo no horário de Brasília). O porta-voz da Coreia do Sul, Lee Dong-kwan, confirmou que, no mesmo que horário, seu governo detectou um "terremoto artificial" perto de Poongkye-ri, na província Hamkyong.
O regime comunista norte-coreano havia ameaçado, no dia 29 de abril, levar a cabo um teste nuclear depois que o Conselho de Segurança da ONU condenou seu lançamento de um foguete de longo alcance, no dia 5 de abril.
EFE