PM investiga praças envolvidos em motim
Dezesseis praças da Polícia Militar de Santa Catarina estão sendo investigados pela corporação por terem participado de manifestações por reajuste salarial, no período de 22 a 27 de dezembro de 2008.
Segundo o comandante geral da PM, coronel Eliésio Rodrigues, os policiais estão submetidos a Conselhos de Disciplina, um procedimento interno que analisa as ações dos policiais e pode resultar até na expulsão da corporação.
Além dos 16 conselhos (um para cada policial), foram instaurados 13 inquéritos policiais militares que analisam se existiram crimes nos eventos de protestos. Neste caso, mais de um policial está sendo investigado. Ele não divulgou o nome dos policiais, mas salientou que pode haver profissionais da reserva e da ativa, e que todos são praças.
Em nota, a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) afirmou que quatro dirigentes da Aprasc estão entre os investigados. Disse que o procedimento é um absurdo, classificando-o de inquisição.
O coronel Eliésio disse que não entra no "mérito" da Aprasc. Questionado se a ação não representaria repressão, o coronel foi enfático:
— Só vou te dizer uma coisa. A Polícia Militar tem duas linhas mestres: hierarquia e disciplina.
O coronel disse que não há prazo para o término das apurações e que novas poderão ser instauradas.
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