Emergência do HU reabre com novo sistema
A emergência do Hospital Universitário (HU) foi reaberta ontem, na Capital. Em vez de atendimento por ordem de chegada, a partir de agora, os pacientes passarão por um protocolo de avaliação de risco que obedece a padrões internacionais.
O setor, que, desde março, estava fechado para reformas, ganhou mais 500 metros quadrados de área. Além disso, pelo novo modelo de atendimento, o paciente será encaminhado a áreas de espera distintas para a avaliação de seu quadro clínico. Uma equipe treinada estabelecerá as áreas de risco, classificadas por meio das cores verde, amarelo e vermelho, por prioridade.
Segundo o diretor do HU, Carlos Alberto Justo da Silva, exames imediatos irão estabelecer em qual delas o paciente vai se enquadrar.
O que for classificado como risco em área verde, por exemplo, será atendido no prazo de uma a seis horas. Se for amarelo, deverá receber o atendimento em menos de uma hora. No vermelho, esse limite cai para menos de 10 minutos. Uma área específica para receber pacientes da área vermelha foi construída na emergência.
De acordo com o diretor, a sala de reanimação e cirurgia agora fica a menos de cinco metros da porta de entrada.
– O HU foi o primeiro hospital a implantar os padrões internacionais de atendimento no Estado. Espero que essa política também seja adotada em outras unidades – afirmou Silva.
Para tanto, a equipe passa a contar com 150 funcionários a fim de garantir uma cobertura 24 horas.
Pacientes atendidos devem chegar a 11 mil por mês
Durante a reforma, a média mensal de atendimento ficava na casa dos 2,5 mil pacientes. A partir de agora, a estimativa é que esse número cresça para 11 mil na emergência do HU. O hospital tem 300 leitos e atende a quase 350 mil pessoas por ano.
No evento de reabertura da unidade, ontem, cinco pacientes inauguraram a sala de medicação e tiveram de esperar uma hora pelo atendimento.
Entre eles estava o trabalhador da construção civil Jucemar Flores, 30 anos, que chegou ao HU depois de desmaiar no trabalho.
– Pensei que a inauguração iria acelerar o processo de atendimento. Mas já estou há uma hora na espera – contou ele, que estava ao lado do espaço em que foi realizado o cerimonial de reabertura da emergência, com médicos e enfermeiros.
Fonte: Diário Catarinense
Matéria: Ariadne Niero ( ariadne.niero@diario.com.br )