Valor da tarifa vai aumentar, admite governo

O governo federal já admite que haverá aumentos nos preços das passagens aéreas em conseqüência das medidas decretadas pelo Conselho de Aviação Civil (Conac), na última sexta-feira, que prevêem a redução do número de vôos no Aeroporto de Congonhas (SP).

A avaliação de integrantes do governo, feita ontem pela manhã durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a coordenação política é que além de preços mais altos, ocorrerão transtornos aos usuários do transporte aéreo em decorrência da redução das atividades em Congonhas.

Interlocutores do presidente Lula afirmaram estar dispostos a manter a redução dos vôos para garantir a segurança no aeroporto de Congonhas, mesmo com os anunciados transtornos aos passageiros.

Os ministros defenderam que o governo faça a opção pela segurança, mesmo com impactos no bolso dos passageiros.

Os ministros reconheceram que, com a redução no número de vôos, as companhias aéreas terão gastos que vão ser automaticamente repassados aos consumidores.

Além da redução no número de vôos, as medidas do Conac também determinam que os aviões pousem em Congonhas com peso menor, o que reduz o número de ocupações nos vôos e pode trazer prejuízos às companhias aéreas.

Na reunião, ministros reconheceram que foi um erro o atual governo manter Congonhas como o principal aeroporto de São Paulo.

Mas também não pouparam críticas aos usuários, apontados por alguns ministros como diretamente responsáveis pelo crescimento do aeroporto, uma vez que grande parte prefere desembarcar no centro da capital paulista ao invés de optar por vôos para Guarulhos (SP), por exemplo.

O governo também avalia que nunca houve pressão popular para propor o fechamento do Aeroporto de Congonhas, como agora é proposto pelo Ministério Público Federal. (MPF).

Fonte: Diário Catarinense