Brasil vence o Uruguai nos penaltes

O Brasil de Dunga não tem como dar espetáculo. É medíocre. Tentou ser objetivo para encobrir a falta de brilho. Conseguiu. Mesmo assim, de forma sofrida. Após 2 a 2 no tempo normal, classificou-se nos pênaltis.

No primeiro tempo do confronto, o Brasil mostrou mais confiança e volume de jogo do que os apenas aguerridos adversários. Logo aos 12 minutos saiu o gol brasileiro. Júlio Baptista fez cruzamento da direita, Vágner Love deixou, inteligentemente, a bola passar e Mineiro apareceu pelo meio chutando. O lance ocasionou um rebote do goleiro, e Maicon, de forma oportunista, surgiu na área para abrir o placar. Logo depois do gol, aos 15 minutos, a luz no estádio apagou. O jogo ficou paralisado por 13 minutos e esfriou o ímpeto da Seleção.

O Uruguai teve a primeira chance de empatar com Fórlan, aos 41 minutos, numa excelente defesa de Doni.

O mesmo Forlán, que errou anteriormente, contou com uma das já costumeiras falhas de Doni para empatar, aos 48 minutos.

Menos mal que, se houve falha de um lado, houve de outro. Júlio Baptista, oportunista, aproveitou, na pequena área, vacilo da zaga e garantiu o segundo gol, aos 53 minutos. Júlio começou a Copa como reserva e assumiu a titularidade incontestável.

No segundo tempo, o Uruguai fez duas substituições: Recoba e Darío Rodríguez saíram para as entradas de González e Abreu. Este mostrou que a mudança foi acertada: fez o gol de empate, aos 24 minutos. O gol foi um prêmio à ação uruguaia e um castigo à omissão do treinador Dunga, que recolocou o time em campo, na segunda etapa, com uma postura defensiva, sem ambição, claramente visando à preservação da vantagem que tinha até então. Mostrando estar sem criatividade, Dunga chamou Fernando para estrear e Diego, que havia perdido a vaga de titular. Não funcionou.

Nos pênaltis, Forlán, García e Lugano erraram. Fernando e Afonso também desperdiçaram.