Pedida prisão de mais quatro policiais na Operação Arrastão

Pelo menos mais dez suspeitos presos na Operação Arrastão devem ser interrogados até esta terça-feira pelo delegado responsável pelo caso, Luiz Carlos Korff, em Brusque. Nesta segunda-feira, o delegado decidiu pedir a prisão de mais quatro policiais. O relatório final da operação de combate ao jogo ilegal na Grande Florianópolis e em Brusque deve ficar pronto até a sexta-feira. 

Com mais quatro suspeitos, subiu para 15 o número de policiais que participariam da quadrilha. Eles receberiam dinheiro para deixar de reprimir a ação de Aleander Müller e Rafael Mendes de Melo, suspeitos de comandar o esquema. Eles também prestariam serviços de segurança aos suspeitos e recuperariam placas das máquinas caça-níqueis apreendidas. 

O promotor da Junta Militar, Sidnei Dalabrida, disse que o dinheiro do jogo seria usado para financiar campanhas políticas, como a do delegado regional de Brusque, Ademir Braz de Souza, que se elegeu vereador e foi preso pela operação. Os 21 presos na operação continuam detidos. 

O delegado Luiz Carlos Korff disse que, com base nos depoimentos tomados nesta segunda-feira, ele irá pedir o indiciamento de mais três pessoas. O delegado não adiantou se eles são policiais.

Saiba mais
A defesa dos suspeitos
Brusque

— Aleander Müller, suposto chefe da quadrilha
— Alan Müller, irmão de Aleander
— Maicon Cunha

A advogada Regiane Moresco, representante dos irmãos Aleander e Alan Müller e de Maicon Cunha não comentou o caso ontem à tarde porque não tinha acesso ao conteúdo do inquérito. Ela declarou que iria a sede da superintendência da Polícia Federal para tomar conhecimento da operação e das acusações

— Ademir Braz de Sousa, delegado regional de Brusque
— Roberto José Lídio, policial civil
— Everaldo Venske, policial militar

Os três negaram o suposto envolvimento no esquema de jogo ilegal, de acordo com o advogado Ricardo José de Souza

— Vilmar Antônio Pozzan
De acordo com o advogado Luis Carlos Schlindwein, apenas depois de conversar com o cliente e analisar os documentos apurados pela investigação será possível definir que medidas jurídicas tomar

— Hélio de Andrade Rodrigues
O advogado Rafael Maia citou a presunção da inocência e declarou que vai se manifestar com mais detalhes após estudar os autos do inquérito

— Alexandro Fernandes, policial militar
— Nauro Galassini
— Fabiano Ruaro

Advogados desses suspeitos não foram localizados

Tijucas

— Marcelo Moacir Pedro, policial militar
— Giovani Marchi, policial militar
— Edson Martins, policial militar

A advogada Alessandra Borba afirmou que não pôde examinar as acusações contra os policiais militares. Ela vai acompanhar os depoimentos e estudar o caso antes de tomar medidas jurídicas

— Lindomar Nunes da Rosa, policial militar
Hélio Brasil, advogado de defesa, afirmou que vai estudar o caso para decidir quais medidas adotar

— Zenetilde dos Santos, investigador da Polícia Civil
— Wilson Carvalho, delegado em Tijucas (preso em Itapema)

O advogado Marcos José Catani alegou que não teve acesso ao inquérito policial e somente depois de conhecer o conteúdo das investigações poderá decidir a estratégia de defesa que vai adotar

— Rafael Mendes de Melo
— Edicarlos Martins
— Neroci Antunes Rodrigues, policial militar

Advogados desses suspeitos não foram localizados

Obs: todas as prisões são preventivas (autorizadas pela Justiça quando há indícios de culpa), exceto a de Wilson Carvalho e Zenetilde dos Santos (em flagrante, porque tinham arma sem registro em casa). O 21º nome, de uma mulher de Brusque, foi tirado da lista porque a prisão é temporária (para investigação).

Fonte: Polícia Federal

Diário Catarinense e RBSTV