Besc agora é Banco do Brasil

A partir desta terça-feira, o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e o Banco do Brasil (BB) são uma coisa só. Acionistas de Bescri, Besc e BB aprovaram a incorporação do banco catarinense por R$ 685 milhões, que serão pagos pelo BB através da emissão de 23,1 milhões de ações.

Na prática, por enquanto, nada muda para os correntistas. Agências e contas permanecem iguais, assim como o número do banco para efeito de depósitos ou transferência de valores.

Na semana que vem, o vice-presidente de Varejo e Distribuição do BB, Milton Luciano dos Santos, promete um cardápio mais variado para os clientes do antigo Besc, com a ampliação de serviços e a oferta de previdência privada e cartão de crédito. Quanto aos funcionários, Santos deixou claro que não haverá modificações no quadro de pessoal, pelo menos no curto prazo.

— O Plano de Demissão Incentivada que já existe e está em curso desde 2002 permanece, mas neste momento não há nada de novo neste sentido. Não podemos afirmar por quanto tempo, porque sempre estamos readequando pessoal. No ano passado, o BB fez um plano de adequação no qual saíram 7 mil funcionários. Mas não há nada previsto agora — disse.

Os funcionários do Besc passam hoje a ser empregados do BB, porém com planos de carreiras diferenciados.

— Se existem cinco planos de carreira no BB e três no Besc, a partir de amanhã (quarta-feira), o BB terá oito planos de carreira — exemplificou.

Com relação às transferências de pessoal, Santos afirmou que se um funcionário com plano de carreira do Besc quiser passar a ter plano de carreira do BB estará se colocando à disposição para possíveis transferências para outros estados. Se este funcionário decidir permanecer no Estado, basta se manter num plano de carreira do Besc.

Nas cidades pequenas onde é possível que haja apenas uma agência do Besc e outra do BB, Santos garantiu que serão estudados os casos para a adequação mais inteligente.

— Vamos ver a capacidade de atendimento dos clientes nas instalações de cada agência, avaliar qual prédio é próprio e qual é alugado, enfim, qual a melhor adequação em cada caso. Mas é muito possível que fique apenas uma agência. O contrato de incorporação obriga a manutenção de uma agência bancária em cada cidade catarinense. Se será do Besc ou do BB é uma questão que ainda vamos decidir — destacou.

Indagado se isso não compromete a permanência da marca Besc, outra garantia contratual, Santos afirmou:

— A partir de hoje os dois bancos são uma coisa só. A marca Besc pode desaparecer em cinco anos.

Santos disse, ainda, que o BB prevê empréstimos da ordem de R$ 1 bilhão este ano e R$ 6 bilhões em 2009 na carteira de crédito imobiliário. A incorporação da Bescri, braço de imobiliário do Besc, vai garantir fôlego ao BB para cumprir a meta dos R$ 6 bilhões no ano que vem.

DIÁRIO CATARINENSE