Vereador estaria envolvido com farra do boi em SC

A Polícia Militar (PM) de Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina flagrou na noite deste domingo, um veículo transportando um animal que seria de propriedade do vereador de Bombinhas, Alexandre João de Melo (PDT), e estaria pronto para ser utilizado na farra do boi. A apreensão ocorreu na Estrada Geral de Santa Luzia, no Bairro Alto Perequê.

A PM estava no local verificando um acidente de carro quando percebeu o animal no bagageiro de uma Santana Quantum, guiada por Jair Fabiano de Jesus.

— Na hora do flagrante, o Jair começou a gritar dizendo que o boi era do vereador Alexandre João de Melo (PDT), de Bombinhas — disse o policial militar Rudinei Vieira.

O vereador, que estava em uma picape Montana logo atrás, chegou a ser algemado. Os dois foram conduzidos à delegacia do município, mas só o motorista da Quantum prestou depoimento. Melo se recusou a falar com a PM sem a presença de um advogado. O boi não resistiu e morreu dentro do carro.

— O animal estava sendo levado para um mangueirão em Zimbros e estava todo machucado dentro do carro. Encontramos o animal agonizando com cordas presas nas patas e chifres. Não resta dúvidas: Ele faria a farra de muita gente — disse o policial Carlos Eduardo de Loreto.

No momento do depoimento, o motorista Jair Fabiano de Jesus negou que o boi fosse do vereador e contou outra versão da apresentada no flagrante.

— Sei que eu estava transportando o boi irregularmente, mas ele não iria para a farra. Eu estava voltando com ele para uma fazenda em Bombinhas, pois percebi que ele estava se machucando — alegou.

A reportagem da Agência RBS esteve no local e foi intimidada por amigos do motorista e do vereador. Mais de 15 pessoas chegaram na Delegacia de Polícia para prestar solidariedade aos conduzidos.

Uma audiência foi marcada para o dia 28 de março no Fórum de Porto Belo. Os envolvidos foram liberados e assinaram um Termo Circunstanciado garantido o comparecimento no fórum.

O vereador não quis falar com a reportagem. O advogado dele, Adalberto Vieira, afirmou que o cliente não tem nada a ver com história e que estava na Estrada Geral de Santa Luzia apenas de passagem. Ele não soube informar o que Melo estava fazendo no local.

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JORNAL DE SANTA CATARINA